Escombros

Peguei minhas armas,
Cobri com meus carmas,
E coloquei sobre os ombros,
Da minha guerra perdida,
Em que apostei a própria vida,
E fiquei só com os meus assombros.

Quando

Quando a morte nos encontrar,
No mundo em qualquer canto,
Não vai nos surpreender tanto,
Estaremos felizes da Vida,
Mesmo que, na jornada comprida,
O mundo tenha perdido seu encanto.

No fim

No fim, somos só nós,
Nós que não desatam,
Só destoam...

No fim, somos só nós,
Nós dois, entre tantos,
Somos um, enfim...

Um coração

Sem querer,
Nem perceber,
Tenho um coração.
Esfecelado,
Abandonado,
Jogado ao chão.
Perdido,
Iludido,
Por uma paixão.
Sozinho,
Sem caminho,
Como alma penada.
Caminhando,
Sonhando,
Pelas curvas da estrada.
Juntando,
Levando,
Restos da minha alma despedaçada.
Doído,
Corroído,
Sangrando machucado.

O Mundo

Eu que imaginava o mundo,
Como um lago imundo,
Ou um deserto escaldante,
Mudando a cada instante,
Descobri meu mundo,
Num abraço seu,
Você me abraça,
E o mundo,
Fica só Você e Eu...

Atos que emocionam

Já dizia a velha cançao, "...quem tem amigos, nunca está sozinho...", e as vezes nos deparamos com pessoas de amplos poderes, quase mágicas, ou como deuses, fazem das suas vidas, ações dos mais variados tipos, que resultam em mudanças nos que o circundam. Poderia chamá-los de anjos, mas chama-los-ei (Não sei se está certo isso, mas eu sempre quis usar uma conjugação destas), de humanos. Ainda dentro de tempestades pessoais, que até minhas inspirações se abalaram, como num terremoto de 9 graus, mas com atitudes coesas e sensatas, alheias a recompensas, essas fabulosas criaturas, elaboraram esta surpresa. Assim, me presentearam com esta homenagem, essas duas magnanimas humanas, neste blog: O Rebate, me emocionaram profundamente, que nem tenho palavras para agradecer. Talvez a profundidade de uma palavra do fundo do coração.
Muito obrigado!

Homem

O homem é um relé animal,
Que se orgulha de ser racional,
Um tantinho emocional
Mas seu instinto não nega,
Às vezes como canibais,
Devoram seus iguais,
E os diferentes? Segrega...

Despedida

Onde vais,
Que se despede formalmente,
Que se apaga da rede,
Que nos deixas, de poesias, com sede,
E nosso coração tão doente?

Para Taninha.