segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Desconhecido

Ilustremente desconhecido,

Eu caminho pela cidade,

Cidade minha que não conheço.

As pessoas desviam,

Como que se não me visse,

Ou como se eu não sentisse,

A frieza com que me fatiam.

Mesmo assim vou seguindo,

Juntando meus pedaços pelo chão,

Que fui deixando quando vinha,

Para não me perder ao voltar,

Como se não estivesse sentindo,

Que cada pedaço que ia caindo,

Não ia me encontrar...

Minha alma?

Esta ainda me acompanha, calada,

Caminhando pela estrada,

Como simples fugitiva,

Neste silêncio doloroso e mortal,

Que me craveja feito um punhal,

E ainda finge que está viva...

E meu coração?

Ah! Meu coração,

Este, eu vou puxando pela mão...

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